sábado, 12 de setembro de 2009

11.09.2009 - Buenos Aires - Parte 5

Muito triste, mas chegou nosso último dia de viagem.


Todos os caminhos nos levaram até a Recoleta, um dos bairros mais elegantes de Buenos Aires, com seus muitos prédios de estílo clássico. Lá concentram-se restaurantes, bares, cafés, lojas, e a rua mais cara do comércio portenho. É lá onde fica o Hard Rock Café argentino, com sua lojinha de camisetas, moletons e bonés que tanto circulam por aí.


Pode parecer mórbido, mas fizemos parada obrigatória no pitoresco cemitério da Recoleta, onde em seus mausoléos estão enterradas as principais figuras da história argentina. Apesar de humilde, Eva Peron repousa na cripta da familía Duarte - tumba simples, mas uma das mais procuradas.




Desta vez, retornamos um pouco mais cedo para o nosso QG, pois tínhamos reserva para assistir show de tango no Café Tortoni. Mesmo porque, não poderíamos ir embora de Buenos Aires sem assistir a um bom tango, né?

O show de tango lá é um dos mais tradicionais e baratos de Buenos Aires. É um show autêntico dançado em um palco pequeno, e que dá mais clima ao espetáculo.

No palco os músicos e instrumentos dividem harmoniosamente o espaço com os cantores e dançarinos. Tudo é perfeitamente arrumado, visto que há um piano de cauda e um enorme baixo. Os cantores interpretam músicas famosas que narram a história do tango, e interagem com as dançarinas que parecem deslizar sobre o palco. O espetáculo segue com uma narrativa bem humorada e dramática, sem muitas delongas. Imperdível.



Felizes e realizados. Hotel, cama e dormir, porque amanhã é pé na estrada de volta pra nosso querido Brasil.

Da volta fica o registro da passagem pelo Uruguai. Abortamos a visita a Montevidéu, mas entramos por Paysandú, onde conhecemos a corrupta polícia de fronteira Argentina, e saímos por Rivera, onde conhecemos a corrupta polícia rodoviária uruguaia.


Dica do Dia: Ao entrar na Argentina, exija o papel do passe, sem ele na saída, só pagando propina.

Curiosidade do Dia: A prefeitura paga um guia gratuito no cemitério. O sujeito é o verdadeiro papa-defunto!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

10.09.2009 - Buenos Aires, Parte 4

Hoje foi o dia que escolhemos para visitar o colorido Bairro La Boca.


Pitoresco bairro que fica localizado próximo ao porto da cidade. Lá encontramos a charmosa rua Caminito, que preserva as características do local, com suas construções humildes, coloridas, feitas de tábuas de madeira e telhas de metal, e de onde podemos ver apresentações de tango em plena rua. É também conhecido mundialmente pelo time de futebol e pelo seu estádio, o Boca Juniors.

Pegamos um táxi em frente ao porto e fomos almoçar no Parrilla 1880, restaurante especializado em parrilla na grelha. Comemos parrilla, é claro.

Depois do almoço, andamos pelo bairro San Telmo, com seus inúmeros antiquários e galerias de artes. Caminhar no bairro é voltar no tempo, com sua arquitetura colonial e ruas empedradas e estreitas. Paramos na Praça Coronel Manoel Dorrego para tomar um café e apreciar um tango.

A noite visita obrigatória no famoso Café Tortoni. Muito mais que um café, é um dos símbolos de Buenos Aires, onde conserva a decoração da época de sua fundação, 1858. Lá saboreamos o prato típico do café: chocolate quente com churros. Saí de lá maravilhada.

Dica do Dia: Na dúvida pegue taxi, sai bem em conta.

Curiosidade do Dia: O restaurante Parrilla 1880, tocava tango no antigos toca-discos de vinil. Um barato.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

09.09.2009 - Buenos Aires, Parte 3

Então hoje foi o meu dia. Isso dito pela boca do Fabrício....no final do texto, tirem suas conclusões.

Desta vez resolvemos deixar o "auto" na garagem, e pegamos o SUBTE - meio de transporte bastante antigo e eficiente, rápido, barato e que atende muito bem à cidade.
A febre Portenha por OUTLETS me contagiou desde o Brasil. Já cheguei em Buenos Aires decidida em relação à compras. Cortando a Rua Scalabrini Ortiz, está a Avenida Córdoba que fica no limite entre os bairros de Palermo e Villa Crespo. A avenida das outlets. Sabíamos que a empreitada seria grande, mas foi bem maior do que nossas perninhas estavam preparadas. Mas foi para isso que nos propomos. Começamos entrando de loja em loja e pesquisando os produtos e seus preços. Uma maravilha! Com o o real na barreira dos 2 pesos, melhor ainda. Piramos com tanta coisa boa para comprar. O número de lojas masculinas que valem a pena é maior do que as femininas. E quando pensávamos que tínhamos terminado de ver tudo, ainda faltava a outra metade da avenida. Ufa!!!
Fizemos uma pausa para almoçar. Escolhemos um restaurante, que também existe em outros locais de Buenos Aires, que se chama TOMATO - PIZZA E COMIDAS, e lá saboreamos a milanesa de ternera a napolitano com papas fritas (exigência do Fabrício).
Logo voltamos à empreitada. Entre em loja aqui, outra loja ali, e parecia que a avenida só crescia. No final das contas, Fabrício comprou muito mais do que eu. De sacolas na mão, resolvemos dar uma passeada e conhecer o Bairro Palermo, com seus grandes espaços verdes, parques, bosques e praças. Mas como o tempo estava escasso, não deu para conhecer tudo. Uma pena.
De lá pegamos novamente o subte, agora em direção ao nosso QG, e antes mesmo de voltarmos para o hotel, demos mais uma passada na Calle Florida, paramos numa daquelas cafeterias bacanas para um descanso e para comer um doce delícia, é claro.

Depois...hotel, banho e cama, cansadérrimos.

Dica do dia: Pelo menos nestes dias, Buenos Aires está o paraíso dos bens de consumo. Comprar lá não é gasto, é investimento. Para a Av. Cordoba, vá cedo para aproveitar Palermo no entardecer.

Curiosidades do dia: Hoje foi um dia de esteriótipos. Havíamos encontrado muitos atendentes solícitos, mas como o da Polo da Cordoba, nunca vi. O sonho dele era ser guia turístico. Vimos muitos gatos bem tratados, mas gordo como o de uma lanchonete do caminho, só o Garfield. Vimos muitos objetos escatológicos caninos nas calçadas, mas só vá até a última foto se tiver estômago! Palermo foi o barrio campeão!






quarta-feira, 9 de setembro de 2009

08.09.2009 - Buenos Aires, Parte 2

Terça-Feira, dia 8 de setembro. Dia dedicado exclusivamente ao Fabrício. Ele merece, pois até agora, ele realizou todos os meus desejos e pedidos nessa viagem. Então...embora para San Isidro.


San Isidro fica na beira do Rio da Prata, uma área residencial turística da Grande Buenos Aires. Seu cenário é único, com árvores frondosas, casas coloridas e com grandes jardins. Tá, mas o que o Fabrício quer tanto fazer nesse lugar? Ah minha gente, lá é o paraíso para os velejadores. Tem inúmeras lojas náuticas e com preços pra lá de convidativos. Abaixo uma vista de algumas das muitas marinas de San Isidro.


Chegamos lá pela manhã. E as lojas são verdadeiras loucuras, tem de tudo um pouco. Corredores repletos de cunhos, manicacas, GPS, dobradiças, cabos, escadas, sanitários.....tudo, exatamente tudo para enlouquecer a cabeça de qualquer velejador. E a nossa lista de necessidades imediatas para o Koan ficou longa. Na verdade dá vontade de comprar tudo, só nos faltou din-din.
Primeira coisa que fizemos foi uma presquisa de preço entre as melhores lojas. Paramos para almoçar. E como diz o Fabrício, o MC Donalds nos salva da fome em qualquer canto do mundo, e foi ele mesmo que fez parar de roncar nossos estômagos.
Voltamos para as lojas, agora para comprar.....e foi bem corrido, pois elas fechavam as 19 horas. Compramos parte dos produtos em uma loja e o restante em outra. O sorriso do "Seo Fabrício" ia de orelha em orelha, chegando no carro com sacolas pesadas e lotadas de "brinquedinhos" náuticos. Uma delícia, vê-lo tão feliz. E mais uma vez: ele mereceu exclusividade e paciência da minha parte em ajudá-lo. E se ele estava feliz, eu mais feliz ainda.

Dica do dia: Visitamos duas excelentes lojas náuticas, e aí vão os endereços na web, para quem quiser dar uma fuçadinha. http://www.costanerauno.com.ar e http://www.baron.com.ar


Tá aí o recado.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

07.09.2009 - Buenos Aires, Parte 1

Depois de uma noite bem dormida de sono, acordamos na "Mi Buenos Aires Querida", uma cidade de romance e paixão...uma fonte inesgotável de descobertas.


Frio e chuvinha, mas lá fomos nós a pé para Puerto Madero. No caminho aproveitamos para vistar pontos turísticos importantes da cidade. Primeiro fomos na Plaza de Mayo, cercada por construções históricas, como o primeiro cabildo e a Casa Rosada, que é muito linda. Depois demos uma boa pernada até o dito porto. Encantador, apaixonante e de longe, na minha opinião, o melhor lugar onde almoçamos.


O lugar tem seu estilo, com sua Puente La Mujer que dá um toque especial. Sem falar nos vários veleiros que lá encontramos, e que nos fez passar um grande tempo admirando. Lá também tem o Museo Fragata Presidente Sarmiento, frataga esta construída na Inglaterra em 1897, e após 39 viagens, em 1964 ela finalmente se aposenta e aporta definitivamente nas águas de Buenos Aires. E adivinhem se o Fabrício não ficou horaaaaaaaaaassssss namorando as velas e estaiamentos da enorme fragata.....paciência foi o que nos restou, para esperar o tal namoro. Ele saiu de lá radiante, tirou fotos e estudou detalhes das técnicas no barco, parecia um menimo pequeno que acabou de ganhar a tão sonhada bicicleta. Dava gosto de ver.


Logo após caminharmos todo o porto, voltamos devagar em direção ao nosso QG, sempre apreciando a bela paisagem da cidade e finalizamos o dia na Calle Florida, de pedestre por excelência, onde reune lojas de grifes européias, roupas de couro, antiguidades, lã, cafeterias charmosas, etc, produtos para todos os bolsos e gostos.

Depois de muito andar e das pernas doerem de montão, voltamos para o hotel. Comer, banho e cama.

Dicas do dia: Na Calle Florida, não deixe de visitar a Galeria Pacífico, um edifício centenário, totalmente restaurado, onde as paredes exibem verdadeiras obras-primas e lojas de excelente nível. Se tiver oportunidade, almoce ou jante mais vezes nos restaurantes de Puerto Madero

Curiosidade do dia: O movimento no calçadão da Calle Florida é tão intenso que cruzá-la na transversal lembra o jogo Frog das antigas.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

06.09.2009 - Rumo BsAs, Parte 2

Acordamos, chuveiro com rodo, pagamos e saímos. Tiramos uma foto, fomos ao posto que aceitava cartão, abastecemos e pegamos a estrada. Logo estávamos em Bahia Blanca, cuja visita abortamos pois começou a chover. Entre as três opções optamos pela 51, que além de ser uma boa idéia, é também o caminho mais curto (os outros são a 33 mais a oeste e a 3, a mais usada, a leste).

Um achado foi o restaurante anexo ao posto de beira de estrada em Cnel. Pringles. Boa comida local, sempre lotado. Pegamos ainda uns 30min de chuva intensa, mas as rodovias possuem um ótimo escoamento.

Pra deixar registrado a travessia do pais fizemos um videozinho:

De resto, chegamos tranquilos, num bom horário, nos instalamos e ainda saímos, eu e a Tina, para um reconhecimento das redondezas. Apesar dos restaurantes próximos, acabamos comendo dois Big Mac por R$3,50 cada! Desejo atendido, fomos pra um merecido descanso.

Dicas do dia:
Abasteça nos postos ACA (Automovíl Club de Argentina). São os únicos que sempre aceitam cartões e possuem um atendimento próximo aos nossos. Possuem até aire! Os da YPF nunca aceitam cartão.
Se voce estiver passando por Coronel Pringles na 51 entre Bahia Blanca e Buenos Aires no horário de almoço (!!), não perca o restaurante próximo ao trevo em -38.026383 Oeste -61.38334 Sul.Negrito

Curiosidade do dia: Como a maioria das "rutas" argentinas terminam em Buenos Aires, a referência de quilometragem é quase sempre a distância até a Capital Federal. Aliás na região metropolitana de Buenos Aires, a região central é chamada Capital Federal, e as indicações mudam de acordo.

Diário de Bordo: Bariloche - Buenos Aires
  • 1575Km
  • 9,62Km/l
  • 105Km/h

domingo, 6 de setembro de 2009

05.09.2009 - Bariloche, Parte 2 e Rumo BsAs, Parte 1

Aproveitamos bem a manhã, passeando pelo centrinho. Visitamos a Catedral Nuestra Señora del Nahuel Huapi, a Praça Itália e fizemos a foto a beira do lago. Um vento frio, mas frio, vinha de NO, atravessando o Lago. Pelo anemômetro de orelha e pelos carneirinhos constantes eu diria que passava bem dos 20 nós, tavez uns 25 pela dificuldade de caminhar no contra-vento.


Atravessamos a Mitre até o Centro Cívico, que assim como a catedral o Hotel Llao Llao e outras construções de pedra, foram feitas na década de 30 pelo arquiteto Alejandro Bustillo. Lá "roubamos" uma foto do São Bernardo Olaf que fica na praça e é explorado pela dona por AR$10 (R$5) por duas fotos.



Depois compramos chocolates e tivemos a tarde prejudicada por uma chuva constante. O passeio pelo entorno foi assim mesmo. Eu ia pagar o meio dia no Cerro Catedral (R$50) e o aluguel (R$20) para, mesmo com o pé doendo, dar um último drop, mas as pistas estavam fechadas. Almoçamos no Punto Base, restaurante panorâmico da base do centro, este que, juntamente com Valle Nevado, tem uma das maiores infras da América do Sul.

Fizemos o passeio pelo "circuito chico", visitando o Hotel Llao Llao e os Parques do caminho.


Devido a chuva, adiantamos a partida e seguimos rumo a Neuquén. Iriamos pernoitar lá, mas agora já podíamos tocar adiante e deixamos a decisão do caminho (via Sta Rosa ou via Bahia Blanca) pra última hora. Como pelo litoral parecia mais habitado, escolhemos esta rota. Tocamos até Rio Colorado, brigando com o dial do radio AM para ouvir o jogo da Seleção (Argentina 1 x Brasil 3), chegamos a meia-noite. Não perdemos muito tempo procurando hotel e pegamos logo uma espelunca da beira da estrada.
Dicas do dia: Chocolates da Tante Frida no começo e no final da área comercial da Mitre (660). Com chuva fique no centrinho de Bariloche. Mantenha o carro abastecido pelas estradas desertas de Rio Negro. De Neuquen em direção a Bahia Blanca a estrada é urbana e está ruim até Villa Regina (87Km). Toda cidadezinha do caminho tem hotéis, mas não exija muito da qualidade.

Curiosidade do dia: A água do chuveiro do hotel em Rio Colorado espalhava pelo banheiro inteiro, e de brinde, fomos presenteados com um rodo para utilizar a cada banho tomado.

Diário de Bordo:
Bariloche
  • 115Km
  • 9,35Km/l
  • 31Km/h
Bariloche - Rio Colorado
  • 786Km
  • 9,9Km/l
  • 100Km/h